quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O dossiê Veja

O jornalista Luis Nassif está fazendo história no Jornalismo brasileiro. Nassif está publicando um dossiê sobre o mau jornalismo praticado pela revista Veja do Grupo Abril.Nassif mostra inclusive como os parajornalistas da revista se valem da publicação para destruir reputações e favorecer empresas de seu interesse.Vale a pena, o principal fato jornalístico dos últimos 300 anos.
Entenda o caso acessando:http://luisnassif.googlepages.com/home ou http://projetobr.com.br/blog///

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Seu Lalá e os calmantes

CAI DRASTICAMENTE VENDA DE CALMANTES EM UBERABA
Especialistas investigam o fato sem precedentes na medicina

Por Tobias Ferraz

O ano de 2007 ficou marcado em Uberaba como um período de tranqüilidade sem tranqüilizantes. O primeiro segmento afetado foi o dos psiquiatras, profissionais comprovadamente adeptos de aviamento de receitas indicando o uso de fortes tranqüilizantes, calmantes que trazem em sua composição doses cavalares de drogas capazes de levar abaixo o mais destacado campeão da Expozebu, e aí se fala em um semovente aproximadamente 1.200 quilos. Os psiquiatras viram seus consultórios quase ás moscas, não fossem as solteironas e encalhadas de sempre a lhes tomarem o tempo com ais e uis da mais intensa insatisfação uterina, teriam esses profissionais fechado as portas e engrossar as estatísticas do Sebrae nas colunas concordata ou falência. A procura aos psiquiatras caiu cerca de 60%, porção que representa as consultas feitas por empresários, executivos e homens de negócio de Uberaba. Os profissionais dessas categorias simplesmente deixaram de buscar auxílio da psiquiatria e das drogas tranqüilizantes.
O segundo segmento afetado foi o das farmácias, quase 90% de queda nas vendas de calmantes de todas as faixas, principalmente os de “faixa preta” que, tal e qual o alto graduado em judô, levam o cidadão ao chão na brevidade de segundos. Os balconistas não sabem o que fazer com os tranqüilizantes em fase de expiração do prazo de validade, existe até promoções desses remédios como no mais deslavado varejo: “Leve dez caixas e ganhe uma viagem à Jubaí”. Nem assim o consumidor, principalmente empresários, executivos e homens de negócio sentiram-se tentados ao consumo.
Tais constatações, inclusive registradas em atas da Associação Regional de Psiquiatria do Triângulo Mineiro, como também na Associação Uberabense dos Proprietários de Farmácia, levaram as secretarias, municipal e estadual, bem como o Ministério da Saúde a investigarem o fato.
Durante todo o mês de dezembro, uma facção da Polícia Federal, que não estava prendendo bandidos da internet e nem sonegadores dos impostos do milho e da soja, se pôs a descobrir a causa da queda nas vendas de calmantes em Uberaba e entender porque, os empresários, executivos e homens de negócio estavam dominando os nervos sem o auxílio de drogas receitadas pelos psiquiatras.
Depois de vasculhar todos os setores da cidade e os porões da sociedade, os agentes da Polícia Federal desvendaram o mistério. A chave da incógnita estava na FCETM - Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro, e quem deu a pista foi um empresário da cidade, atuante no ramo da publicidade e propaganda. Essa pista levou os agentes da Polícia Federal diante de um decano professor da instituição de ensino, o professor Laércio Sampaio.
A pesquisa de campo dos agentes, interrogando empresários, executivos e homens de negócio de Uberaba, confirmou a origem do problema da falta de consumo de tranqüilizantes na cidade. Todos confirmam que trocaram os calmantes por Laércio Sampaio.
Tal foi a surpresa dos agentes diante da força dos fatos, que todos os arquivos foram imediatamente queimados, deletados, suprimidos e alguns, até mesmo convertidos em riso.
Durante o interrogatório, os empresários, executivos e homens de negócio de Uberaba confessaram aos agentes o mal que os afligia e que não aflige mais. Acontece que o professor Laércio Sampaio é administrador de empresas desde que máquina de calcular era movida a manivela e balanço patrimonial se fazia em papel almaço; é também economista que testemunhou os 3.000 planos econômicos implantados no país e além de educador na área contábil e da administração, tem em seu currículo, a direção de empresas com fama de mão de ferro e cofre sempre trancado com sete chaves, guardado por 35 "rotiváilers" e monitorado pelo Capitão Nascimento.
Assim começou a se desfazer a operação chamada pelos agentes de “Operação Erva Cidreira”. Acontece que os empresários, executivos e homens de negócio de Uberaba, não agüentavam mais perder o sono e o apetite sexual por causa dos problemas que se agigantavam em suas empresas. Contratando o professor Laércio, tudo se resolvia em poucos meses, e a empresa voltava a andar nos eixos. Teve um empresário que foi lapidar em sua afirmação:”Depois que o professor Laércio assumiu a consultoria na empresa, minha vida mudou. Hoje, as dívidas não me tiram o sono. Devo e durmo, sabendo que para tudo tem solução com o planejamento e programação executados pelo professor”.
E assim, desfez-se o mistério de Uberaba, agora a Associação Comercial da cidade pensa em elevar o professor Laércio a categoria de Patrimônio Municipal e iniciar uma forte campanha para, através das mãos do professor, o Brasil receba o seu primeiro Nobel da Paz.
Os donos de farmácia agora estão preocupados com o alto consumo de preservativos pelos empresários, executivos e homens de negócio de Uberaba. Tudo indica que a Policia Federal vai ser acionada. ///

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Eleições 2008

O PERFIL DOS VENCEDORES


No dia 5 de outubro de 2008 os brasileiros vão às urnas votar para prefeito, vice-prefeito e vereadores, com segundo turno para os municípios com mais de 200 mil eleitores.
Com a evolução da prática de eleições livres e diretas e com a série de fatos envolvendo a classe política, divulgados amplamente pela imprensa, o eleitor certamente está mais exigente. Como prova a reeleição do Presidente Luis Inácio, concretizada por ampla margem de votos, mesmo com toda a grande imprensa trabalhando declaradamente contra a reeleição e contra a candidatura dele.
O eleitor mais esclarecido já não aceita os tradicionais perfis que levaram políticos dos diversos partidos a alcançarem um mandato na estrutura do poder municipal e, em alguns casos, se perpetuarem nele até o limite permitido pela legislação.
Com a aplicação dos projetos sociais do Governo Federal, as classes D e E adquiriram a percepção de que, quando existe vontade por parte do governo, os projetos voltados para os menos favorecidos economicamente são executados, chegam ao destino final, e a vida de centenas de milhares de famílias ganha novo ânimo.
Neste 2008, o eleitor vai se comportar de forma muito parecida a um consumidor pelos corredores de um supermercado, avaliando os produtos pela sua qualidade e não só pelo preço. O produto pode estar revestido de uma embalagem “bonitinha”, mas se não for eficiente e não vier ao encontro às necessidades, fica na prateleira. E muitos políticos já provaram largamente a sua ineficiência quando o assunto é melhorar a vida da população.
Para ganhar a confiança do cidadão, o candidato ideal terá de vir acompanhado de alguns atributos, sendo a maioria deles de ordem natural. Ao contrário dos cereais, candidato-transgênico está fora de moda. Ou seja, aquele político que ganha ingredientes do marketing político e se fantasia durante a campanha fazendo papel de “bonzinho”, “honesto” e “sério”, está ultrapassado. Afeto, honestidade e seriedade não são “qualidades” e sim, atributos naturais, senão obrigatórios para qualquer ser humano. As Eleições 2008 serão as eleições dos candidatos-naturais, aqueles que têm representatividade real e concreta.
Para se dar bem no dia cinco de outubro, o futuro prefeito ou vereador vai ter que ter a sua base eleitoral, mostrar compromisso com os moradores e não ter um perfil de político profissional. Acabou o tempo em que o eleitor acreditava em chefe, em líder, e o político era visto como alguém superior aos demais membros da população. Isso é passado. Nem cooperativas e entidades de classe aceitam mais “coronéis” nos dias de hoje.
Com a Internet, com o advento e multiplicação dos blogs, muitas informações que não saem na grande imprensa são publicadas e divulgadas abertamente. Por isso, a transparência vai ser um dos atributos avaliados pelo eleitor. Candidatos com esqueletos no armário, ou seja, com maracutaias escondidas ou camufladas em seu histórico, cairão logo no desgosto popular. E lá está a Internet para mostrar muitos dos escorregões de personalidades desse conturbado cenário político. É a Internet também a responsável pela nova forma de enxergar a política, pois muitos internautas já não aceitam a idéia de serem representados por um sujeito engravatado (isso num país de clima predominantemente tropical) que só aparece a cada quatro anos, distribuindo sorrisos, dentaduras, óculos, jogos de camisa, bolas e outras futilidades na tentativa de conquistar o gosto dos eleitores.
Hoje, o cidadão brasileiro tem à sua disposição informação de qualidade, que vem acompanhada de análise e reflexões feitas por especialistas. Portanto, este cidadão não acha justo manter um representante em Brasília ao custo de milhares de Reais por mês, ou a sustentação de prefeitos e vereadores que recebem salários bem acima da média paga nas cidades. Candidato com idéia de “se arrumar” a partir de mandato político está tão fora de moda que nem vai para o brechó. Isto é, nem em eleição para síndico de condomínio está conseguindo vencer.
As eleições 2008 serão marcadas como o ponto alto do MCV- Movimento de Combate a Velhacaria. Segundo um dicionário, a palavra velhacaria vem da qualidade de velhaco e significa: “Homem que vive de procedimentos enganadores, traiçoeiro, patife, tratante.” Gente com o perfil de velhaco como candidato a prefeito ou vereador não se encaixa nos anseios atuais do eleitor brasileiro e nem às necessidades do País.
Como em toda sociedade, os grandes grupos econômicos também vão escolher o candidato que vai receber os seus apoios – aquele dinheiro para financiar a campanha política. Mas como também já ficou claro nas eleições anteriores, o dinheiro já não compra tudo, principalmente, a dignidade dos brasileiros. Então, aquele velho hábito de compra de votos se transformou em atitude deselegante e tão inconveniente quanto fumar dentro de ônibus.
E por falar em elegância, o grande evento de moda, São Paulo Fashion Week, considerado durante muitos anos como um templo da futilidade, adaptou-se à nova era e também se engajou. Na edição 2008 abraçou a causa da proteção ambiental e fez críticas à poluição. Tudo sob a luz dos holofotes das passarelas e da imprensa internacional.
Quem quiser conquistar a simpatia dos eleitores nestas eleições vai ter que entender a força da palavra COMPROMETIMENTO e honrar e manter os compromissos com a comunidade. E para ter compromisso é necessário ao candidato vencedor ter LAÇOS com o bairro, com a vila e com o distrito. Candidato-turista não vai ter vez e ninguém mais dá ouvidos para esse tipo.
Outro perfil desgastado é aquele que aparece em homenagens e colunas sociais. Aquele tipo que está em todas as festas e eventos da cidade, sempre sendo entrevistado por emissoras de TV, rádio e sai em todos os jornais. É o candidato-deus, aquele que parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O cidadão comum respeita muito as divindades e sabe diferenciar um Santo de gente de carne e osso.
Tudo leva a crer que o candidato-natural vai ser o modelo vencedor nas Eleições 2008, pois ele traz no seu perfil o conhecimento da realidade: anda de ônibus pela cidade, recebe um salário que não satisfaz às suas necessidades e de sua família, sabe quanto custa e o quanto é difícil pagar a mensalidade da faculdade, conhece o preço da cesta-básica, sabe o número de horas que se passa nos bancos e corredores dos hospitais públicos à espera de atendimento, sabe muito bem que não adianta fazer B.O. quando acontece roubo, entende a importância de dar atenção a um vizinho apenas com palavras em um momento difícil ou mesmo em caso de acidente grave. Enfim, o candidato-natural é aquele que mora na mesma rua que o eleitor, enfrenta os mesmos problemas todos os dias e também já não agüenta mais ver gente antiquada, egoísta, velhaca, sem compromisso e comprometimento na função de seu “representante”, seja na prefeitura ou na câmera de vereadores.
Naturalmente, como vivemos numa sociedade de consumo, a indústria do marketing vai lançar uma série de “produtos” para as Eleições 2008. Mas o eleitor sabe o impacto que determinadas “mercadorias” causam ao aquecimento global, à paz e harmonia, à dignidade e à saúde e ao bolso de cada um.
Alerta: o candidato-natural não tem contra-indicações e é totalmente compatível com justiça, transparência, vergonha na cara e dignidade.
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